quarta-feira, 4 de junho de 2008

A camada APLICAÇÃO do modelo OSI

A camada de aplicação faz a interface entre o protocolo de comunicação e o aplicativo que pediu ou receberá a informação através da rede. Por exemplo, ao solicitar a recepção de e-mails através do aplicativo de e-mail, este entrará em contacto com a camada de Aplicação do protocolo de rede efectuando tal solicitação. Tudo nesta camada é direccionado aos aplicativos. Telnet e FTP são exemplos de aplicativos de rede que existem inteiramente na camada de aplicação.

As camadas SESSÃO e APRESENTAÇÃO do modelo OSI

Camada de sessão

A camada de Sessão permite que duas aplicações em computadores diferentes estabeleçam uma sessão de comunicação. Nesta sessão, essas aplicações definem como será feita a transmissão de dados e coloca marcações nos dados que estão sendo transmitidos. Se porventura a rede falhar, os computadores reiniciam a transmissão dos dados a partir da última marcação recebida pelo computador receptor.

  • Disponibiliza serviços como pontos de controle periódicos a partir dos quais a comunicação pode ser restabelecida em caso de pane na rede.

Camada de apresentação

A camada de Apresentação, também chamada camada de Tradução, converte o formato do dado recebido pela camada de Aplicação em um formato comum a ser usado na transmissão desse dado, ou seja, um formato entendido pelo protocolo usado. Um exemplo comum é a conversão do padrão de caracteres (código de página) quando, por exemplo, o dispositivo transmissor usa um padrão diferente do ASCII, por exemplo. Pode ter outros usos, como compressão de dados e criptografia.

A compressão de dados pega os dados recebidos da camada sete e os comprime (como se fosse um compactador comum encontrado em PCs, como o Zip ou o Rar) e a camada 6 do dispositivo receptor fica responsável por descompactar esses dados. A transmissão dos dados torna-se mais rápida, já que haverá menos dados a serem transmitidos: os dados recebidos da camada 7 foram "encolhidos" e enviados à camada 5.

Para aumentar a segurança, pode-se usar algum esquema de criptografia neste nível, sendo que os dados só serão decodificados na camada 6 do dispositivo receptor.

Routing e endereçamento

ROUTING:

No contexto das redes de computadores, o routing (ou encaminhamento) de pacotes designa o processo de reencaminhamento de pacotes, que se baseia no endereço IP e máscara de rede dos mesmos. É, portanto, uma operação da terceira camada OSI.

Este processo pressupõe uma tabela de encaminhamento (tabela de routing) em cada router, parecida com a seguinte:

    Rede            Máscara           Nexthop
192.168.20.0 255.255.255.0 192.168. 0.254
* - 213. 12.123.133

ENDEREÇAMENTO:

O endereço IP identifica a localização de um host na rede, assim como um endereço de uma casa identifica a localização da mesma no pais/cidade/estado/bairro/rua.

Cada endereço IP possui uma identificação de rede e uma de host. A identificação de rede indica em qual (segmentação) de rede o host esta e qualquer host da mesma rede deverá ter a mesma identificação. A identificação de host indica um host na rede, esse endereço deve ser único.

Um endereço de IP possui 32 bits divididos em 4 octetos de 8 bits, cada octeto é convertido em número de base decimal que abrange de [0-255] e são separados por ponto.

Atualmente existem 5 tipos de classes definidas. Estas classes são usadas para definir quantos bits são alocados para endereço de rede e endereço de hosts, podem ser usadas também para dimensionar o tamanho da rede.

A classe A possui endereços de 1.0.0.0 até 127.0.0.0, o 1 octeto (8 bits) é endereço de rede, os 3 últimos octetos (24 bits restantes) são endereços de hosts, assim como (N.H.H.H), então teremos 126 redes e 16.777.214 hosts por rede.

A classe B possui endereços de 128.0.0.0 até 191.255.0.0, os 2 primeiros octetos (16 bits) são endereços de rede, os 2 últimos octetos (16 bits restantes) são endereços de hosts, assim como (N.N.H.H), então teremos 16.385 redes e 65.534 hosts por rede.

A classe C possui endereços de 192.0.0.0 até 223.255.255.0, os 3 primeiros octetos (24 bits) são endereços de rede, o último octeto (8 bits restantes) é endereço de hosts, assim como (N.N.N.H), então teremos 2.097.152 redes e 254 hosts por rede.

A classe D possui endereços de 224.0.0.0 até 239.255.255.255, essa classe é usada para protocolos multicast conforme (RFC 2236).

A classe E possui endereços de 240.0.0.0 até 255.255.255.255, essa classe é experimental e reservada para uso futuro.

O (primeiro) endereço da rede e o (último) endereço da rede não são usados para endereçar hosts por serem reservados, assim como exemplo seguinte.

O endereço 192.168.192.3 pertence a classe C, tendo como seu endereço de rede 192.168.192.0, endereço de broadcast 192.168.192.255 e 255.255.255.0 para mascara de subrede.

Um endereço de broadcast é usado para endereçar todos os hosts de uma mesma rede ou (segmento), ou seja, quando se envia um pacote broadcast, o mesmo será enviado para toda a rede.




A camada TRANSPORTE do modelo OSI

A camada de transporte é responsável por usar os dados enviados pela camada de Sessão e dividi-los em pacotes que serão transmitidos para a camada de Rede. No receptor, a camada de Transporte é responsável por pegar os pacotes recebidos da camada de Rede, remontar o dado original e assim enviá-lo à camada de Sessão.

Isso inclui controle de fluxo, ordenação dos pacotes e a correcção de erros, tipicamente enviando para o transmissor uma informação de recebimento, informando que o pacote foi recebido com sucesso.

A camada de Transporte separa as camadas de nível de aplicação (camadas 5 a 7) das camadas de nível físico (camadas de 1 a 3). A camada 4, Transporte, faz a ligação entre esses dois grupos e determina a classe de serviço necessária como orientada a conexão e com controle de erro e serviço de confirmação, sem conexões e nem fiabilidade.

O objetivo final da camada de transporte é proporcionar serviço eficiente, confiável e de baixo custo. O hardware e/ou software dentro da camada de transporte e que faz o serviço é denominado entidade de transporte.

A entidade de transporte comunica-se com seus usuários através de primitivas de serviço trocadas em um ou mais TSAP, que são definidas de acordo com o tipo de serviço prestado: orientado ou não à conexão. Estas primitivas são transportadas pelas TPDU.

Na realidade, uma entidade de transporte poderia estar simultaneamente associada a vários TSA e NSAP. No caso de multiplexação, associada a vários TSAP e a um NSAP e no caso de splitting, associada a um TSAP e a vários NSAP.

A ISO define o protocolo de transporte para operar em dois modos:

  • Orientado a conexão.
  • Não-Orientado a conexão.

Como exemplo de protocolo orientado à conexão, temos o TCP, e de protocolo não orientado à conexão, temos o UDP. É óbvio que o protocolo de transporte não orientado à conexão é menos confiável. Ele não garante - entre outras coisas mais, a entrega das TPDU, nem tão pouco a ordenação das mesmas. Entretanto, onde o serviço da camada de rede e das outras camadas inferiores é bastante confiável - como em redes locais, o protocolo de transporte não orientado à conexão pode ser utilizado, sem o overhead inerente a uma operação orientada à conexão.

O serviço de transporte baseado em conexões é semelhante ao serviço de rede baseado em conexões. O endereçamento e controle de fluxo também são semelhantes em ambas as camadas. Para completar, o serviço de transporte sem conexões também é muito semelhante ao serviço de rede sem conexões. Constatado os fatos acima, surge a seguinte questão: "Por que termos duas camadas e não uma apenas?". A resposta é sutil, mas procede: A camada de rede é parte da sub-rede de comunicaçoes e é executada pela concessionária que fornece o serviço (pelo menos para as WAN). Quando a camada de rede não fornece um serviço confiável, a camada de transporte assume as responsabilidades; melhorando a qualidade do serviço.

A camada REDE do modelo OSI

A camada de Rede é responsável pelo endereçamento dos pacotes, convertendo endereços lógicos (ou IP) em endereços físicos , de forma que os pacotes consigam chegar corretamente ao destino. Essa camada também determina a rota que os pacotes irão seguir para atingir o destino, baseada em factores como condições de tráfego da rede e prioridades.

Essa camada é usada quando a rede possui mais de um segmento e, com isso, há mais de um caminho para um pacote de dados percorrer da origem ao destino.

Funções da Camada:

Encaminhamento, endereçamento, interconexão de redes, tratamento de erros, fragmentação de pacotes, e controlo de congestionamento sequencial de pacotes.

  • Movimenta pacotes a partir de sua fonte original até seu destino através de um ou mais enlaces.
  • Define como dispositivos de rede descobrem uns aos outros e como os pacotes são roteados até seu destino final.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Clientes Peer-to-Peer

O P2P ou Peer-to-Peer (Par-a-Par) é uma tecnologia para estabelecer uma espécie de rede de computadores virtual, onde cada estação possui capacidades e responsabilidades equivalentes. Difere da arquitectura cliente/servidor, no qual alguns computadores são dedicados a servirem dados a outros. Esta definição, porém, ainda é demasiado sucinta para representar todos os significados do termo Peer-to-Peer.

Modelo OSI

ISO foi uma das primeiras organizações para definir formalmente uma forma comum de conectar computadores. Sua arquitectura é chamada OSI (Open Systems Interconnection), Camadas OSI ou Interconexão de Sistemas Abertos.
Esta arquitectura é um modelo que divide as redes de computadores em sete camadas, de forma a se obter camadas de abstracção. Cada protocolo implementa uma funcionalidade assinalada a uma determinada camada.
A ISO costuma trabalhar em conjunto com outra organização, a ITU (International Telecommunications Union), publicando uma série de especificações de protocolos baseados na arquitectura OSI. Estas séries são conhecidas como 'X ponto', por causa do nome dos protocolos - X.25, X.500, etc.